D.E.M.E.S.F.

DICAS PARA ESCOLHER A MELHOR ESCOLA PARA SEU FILHO

COMO ESCOLHER A ESCOLA PARA SEU FILHO OU FILHA?

A Educação no Brasil vivencia um cenário de paradoxos e de grandes controvérsias entre o senso comum (mesmice, falta de posicionamento crítico, aceitação de modelos tecnicistas e hegemônicos) e o bom senso (que é o núcleo racional do senso comum, ou seja, pensamento crítico, busca o significado das coisas, progressista e contra-hegemônico).

Nesse contexto, a sociedade é impactada pela mídia do senso comum e fica, muitas vezes, à margem
de uma discussão crítica e esclarecedora sobre o que seria uma ESCOLA IDEAL para os seus filhos. Todas as famílias desejam o melhor, mas, não necessariamente sabem o que significa uma BOA ESCOLA. Por essa razão, é fundamental promover uma reflexão crítica fundamentada em conhecimentos significativos para que possam realizar boas escolhas.

Por si só, a consciência da importância de uma boa educação desde os primeiros anos já dá calafrios
aos pais, que se angustiam na hora de optar por uma ou outra escola. A responsabilidade parece enorme. Por isso, os pais não precisam - e nem devem! - fazer essa escolha no escuro.

Que tal pensar em uma escola que desenvolva de forma significativa cada fase de desenvolvimento das crianças e adolescentes?

Educação Infantil com o foco nas fases da psicogênese da leitura e da escrita, da socialização e da autonomia por meio de variados estímulos em diferentes oficinas.

Ensino Fundamental (Ciclos de formação) que respeite e potencialize cada fase do desenvolvimento humano, praticando uma didática interacionista com uma visão crítica dos conteúdos escolares e com variados recursos em espaços pedagógicos. Onde o aluno (a) aprende a pensar, sentir e agir, preparando-se para as fases mais abstratas do desenvolvimento humano. Desenvolvendo prontidão até para participarem de concursos ou desafios que necessitem de autonomia intelectual (pensamento, ação e Inclusão escolar como a capacidade de trabalhar a pedagogia diferenciada, que pressupõe um
olhar para as possibilidades de cada aluno (olhando suas potencialidades e não as dificuldades). Uma escola que acredita que cada um tem um jeito de aprender e que TODOS aprendem.

O Colégio ESIL entende que a vida humana é produto de decisão e resposta. E quando se trata de decidir sobre que tipo de EDUCAÇÃO é ideal para os filhos, percebe-se que essa tarefa é de responsabilidade dos adultos da relação (os responsáveis). Assim, para subsidiar essa decisão, selecionamos os 10 critérios para a sua avaliação sobre o que vem a ser uma boa escola.

O ESIL oferece 10 questões que vão ajudá-lo na tomada da decisão .

1) Expectativa
Não é possível escolher uma escola com consciência sem antes examinar com cuidado quais são as suas expectativas em relação à aprendizagem e ao futuro de seu filho. Por isso, pare e pense: quero que meu filho (a) aprenda a aprender ou que decore muitas coisas? Quero que aprenda logo a fazer contas, mesmo que não compreenda o processo mental necessário? Quero que ele realize grandes quantidades de lições para casa ou aprenda lições para a vida? Quero que utilize religiosamente o livro didático ou que aprenda por projetos e utilize o livro como pesquisa e sistematização? Espero que ele produza muitos trabalhos criativos?

Gostaria que meu filho tivesse coleguinhas com necessidades especiais, para conviver desde cedo com as diferenças e aprender muito mais? Quero que meu filho (a) com necessidades especiais conviva com crianças neurotípicas para socializar-se e aprender mais? O uso de tecnologia no cotidiano é importante para mim? Desejo uma escola preparatória apenas em língua portuguesa e matemática ou que vá além, preparando-os para o pensar, sentir e agir em qualquer desafio?

Estas e muitas outras questões podem ser o ponto de partida na busca de uma escola adequada para o seu filho ou filha e que seja minimamente compatível com tudo o que você deseja para ele. É bom ter em mente que não existe uma escola perfeita, mas talvez exista uma escola apropriada para o seu filho. Talvez uma escola que eduque para desenvolver competências utilizando os conteúdos como instrumentos e não como o foco principal para o sucesso escolar.

2) Empatia
Pode parecer subjetivo, mas o "feeling" é essencial. "Qual sentimento esse ambiente desperta em você?

Conheça a escola em seu cotidiano. Perceba a cultura da escola. É de acolhimento? Busca a opinião dos pais (ouvidoria)? As pessoas lhe parecem acessíveis? Os alunos são felizes na escola? A criança não pode ficar fora dessa escolha. Veja se seu filho se vê frequentando essa instituição com alegria.

Enfim, não pode faltar no momento da escolha, a percepção de que tipo de relação que a escola pretende ter com os pais. Não se esqueça de perguntar sobre a frequência das reuniões de pais e mestres, atividades realizadas com os pais e, enfim, sobre a cumplicidade entre a família e a instituição - lembrando que, quanto mais aberta for essa relação, maior a possibilidade de bem-estar para todos, principalmente o aluno.

3) Atualidade da escola
A Educação, assim como as outras áreas do conhecimento, se encontra em constante transformação. Novas pesquisas são apresentadas todos os anos, e os profissionais refinam a sua formação para entender melhor a relação ensino/aprendizado. A escola mantém-se por dentro dessas descobertas? Busca melhorar seus métodos? Possui profissionais atualizados? Tem cultura de formação continuada de seus profissionais?

Veja se a escola tem um posicionamento pedagógico bem fundamentado e contemporâneo. Ela repete o modelo mecanicista ou entende que estamos em 2012 e que é preciso acompanhar as grandes mudanças no mundo? É conservadora ou progressista? Recorre a recursos inovadores para ensinar? O método das aulas é interativo ou ainda é centrado no professor e nos conteúdos?
4) Proposta pedagógica
A instituição lida com o ensino de forma científica, dialética-interacionista? Seu filho será um número a mais ou será visto de forma diferenciada e estimulado para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor?

Você confia e acredita no modelo pedagógico dessa escola? No ensino Fundamental a escola se organiza por séries? Tem a visão de cada ano letivo tem um fim em si mesmo ou acredita na progressão continuada de seus alunos? A escola pensa de forma fragmentada (cada disciplina separadamente)? Ou trabalha em ciclos onde os conteúdos são tratados de forma interdisciplinar? O livro didático é a única ferramenta do professor ou existe uma didática de projetos? Existe um ideal de Inclusão? Um projeto eficiente de inclusão mostra que a escola é realmente interacionista e científica.

A questão da alfabetização é crucial. Não deixe de perguntar como esse processo é realizado e veja se você concorda com ele. É importante, também, destrinchar a proposta pedagógica de alfabetização da escola.

Ela ensina a codificar ou a decodificar? O método é Natural ou apenas silábico? As crianças aprendem por associação ou cobrem muitos pontinhos somente...? Só se pensa a alfabetização aos 6 anos (antiga classe de alfabetização) ou entende-se que esse é um processo continuado? Sabe-se que o processo de alfabetização começa ao nascer e que o ciclo de alfabetização na concepção do letramento vai até o 3º ano?

É importante que a família se identifique com os ideais da escola. Por isso, pesquise a proposta pedagógica na internet e procure conversar com a equipe pedagógica, diretor ou coordenador, peça explicações claras sobre a metodologia de ensino, o uso de materiais pedagógicos e até mesmo o calendário escolar. Os pais têm de entender o que se passa na escola, até mesmo para acompanharem o filho com mais segurança ao longo do ano. Acompanhe! Saiba mais sobre o processo científico de aprendizagem.

5) Sistema de avaliação
Assim como os pais têm de se identificar com a linha pedagógica adotada pela escola, o método de avaliação também não pode escapar. Como a escola avalia o aluno? Trata-se de um sistema de avaliação formativa e diagnóstica ou apenas somam pontos? Existe um olhar para a progressão continuada dos diferentes estágios de desenvolvimento de cada criança? Existe adaptação nos instrumentos de avaliação respeitando as diferenças? Nessa escola, a prova é um acerto de contas ou mais um momento de aprendizagem para os alunos? A nota “da prova” é o mais importante? A observação e a participação em sala de aula contam? E os trabalhos em grupo? Existe portifólio? São feitos relatórios demonstrando um processo ou só o instrumento prova é que conta para a escola e para os pais?

Um ponto fundamental é se a escola oferece reforço para os alunos que apresentem alguma dificuldade.

Em geral, são estratégias complementares. O reforço pode apoiar a progressão continuada dos alunos e evitar reprovações, assegurando a inclusão e o real desenvolvimento de TODOS. Os pais têm de confiar no julgamento da instituição para que a criança se sinta mais segura. As famílias não devem comparar as suas crianças com outras crianças. Isso denota falta de respeito com as individualidades. O desempenho escolar deve ser comparado com os diferentes resultados do próprio aluno.

6) Professores
É importante perceber se os profissionais da escola estão atualizados. Quem ensina não pode parar de
estudar. Quanto melhor a formação dos professores, melhor provavelmente será a escola. Eles atuam em sala de aula dentro da proposta da escola? Os professores gostam de trabalhar nessa escola? A escola tem uma equipe técnica que apóie e oriente o professor? Ou o professor realiza um trabalho solitário? Existe docência compartilhada ou só o professor sabe sobre o desenvolvimento dos alunos?

7) Estrutura Física
A escola é um espaço para ensinar e aprender. Não precisa ser um clube. Isso significa que os ambientes da escola precisam ter uma função no aprendizado da criança, e não apenas trazerem status à instituição.
Espaços simples e com significado para que as aulas sejam criativas e interativas. A arrumação da sala de aula diz muita coisa. Carteiras enfileiradas mostram uma visão mecanicista da escola. Os espaços precisam ser humanizados e estimulantes ao aprendizado. É importante vivenciar espaços pedagógicos diferentes (salas temáticas). É fundamental que haja recursos instrucionais para apoiar o professor. Não leve em conta apenas a decoração, mas a finalidade pedagógica dos espaços escolares. Veja se os materiais pedagógicos ficam bem dispostos nas salas, se as carteiras são limpas e se, de maneira geral, o ambiente está organizado.

8) Número de alunos
A atenção dada a cada criança tem a ver com a equipe de profissionais que trabalha na escola. Quanto
menor o número de alunos por profissional, melhor. É importante lembrar que para que se tenha um olhar individualizado para o desenvolvimento do aluno, há que se ter grupos menores. O que importa é a relação entre o número de profissionais e alunos, proporcionando que todos sejam bem atendidos na instituição.

9) Mensalidade
A regra é simples: os pais têm de optar por uma escola que caiba em seu orçamento familiar, evitando
sacrifícios e uma possível inadimplência. A mensalidade de uma escola está relacionada à qualidade que ela precisa ter na realização de seu orçamento. O custo de uma escola advém de variados itens fundamentais para a sustentabilidade da instituição. A sociedade enfrenta crises econômicas e a escola privada faz parte desse cenário. Por essa razão, há que se ter uma relação ética entre escola e família, uns respeitando as limitações dos outros. Pense no custo e no benefício.

10) Atividades extracurriculares ou Horário Integral
As escolas oferecem atividades extracurriculares para facilitar a vida dos pais que trabalham e não podem ficar se deslocando com as crianças o dia todo. Se os alunos realizarem atividades extras na escola, poderão permanecer em período integral ou participar de diferentes oficinas e atividades. Isso é muito bom!

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